BRANDING: A LIGAÇÃO ENTRE AS MULHERES E AS MARCAS

Neste artigo, procurei salientar a importância de conhecer o perfil e comportamento das mulheres, para o sucesso de qualquer projeto de marketing.


De todas as mudanças em termos de comportamento que ocorrem com o consumidor, nenhuma se compara com a verdadeira revolução que aconteceu com as mulheres nas últimas décadas. Da mulher dona de casa, que começava a brigar por espaço na década de 60, passando pela mulher de negócios que teve que usar terninho e cabelo curto na década de 80 para mostrar que poderia competir com os homens por um lugar ao sol, chegamos ao século XXI, com uma nova mulher: a dona de si, que exerce plenamente seu direito de escolha sobre a sua vida pública e privada.

A proporção de mulheres em cargos de liderança no Brasil (38,8%) superou a média dos países membros do G20 (30,58%). O país ficou em terceiro lugar no ranking. atrás apenas da Rússia e dos Estados Unidos, onde as taxas chegaram a 46,2% e 41,4% em 2021, respectivamente (Forbes). Além disso, as mulheres são responsáveis pela maior parte das compras: de itens para casa à escolha do destino para as férias. Essa realidade coloca os profissionais de marketing diante de uma questão: como atingir essa mulher e captar sua atenção? O que fazer para se tornar a opção número um de alguém que exerce tanta influência nas famílias e nas empresas? O primeiro passo é entender de que forma pensam essas consumidoras. Em seu livro Como as Mulheres Compram, Martha Barletta resume as diferenças principais entre o modo de pensar de homens e mulheres em quatro pontos:
- Mulheres valorizam mais as pessoas e a equipe, enquanto os homens procuram destacar-se individualmente;
- Mulheres conseguem pensar em várias coisas ao mesmo tempo e são integradoras, enquanto os homens são mais focados e pensam em uma coisa de cada vez;
- Mulheres sintetizam melhor, juntando as diferentes partes do quebra-cabeça, enquanto os homens analisam as partes separadamente;
- Mulheres querem conhecer a história toda, enquanto os homens preferem ficar com as manchetes e depois pedir mais detalhes do que for necessário.

O passo seguinte é usar esse conhecimento para criar campanhas que demonstrem à consumidora que a marca reconhece suas peculiaridades e se preocupa em atender aos seus anseios, sem truques. Certamente não existe receita de bolo, mas para quem quer ajuda, aí vão cinco palavras-chave no processo de conquista da mulher de hoje:
- Respeito. A mulher é bem informada. Ela pesquisa antes de comprar, lê bulas, rótulos... Por isso, abandone o tom paternalista; nunca compare o universo dela com o universo masculino; respeite (e reconheça) sua inteligência, se quiser que ela estabeleça uma boa relação com sua marca;
- Individualidade. As mulheres exercem diversos papéis: empresária, mãe, sedutora, ativista... Saiba com quem está falando e reconheça sua multiplicidade, ela se vê assim; não tente estereotipá-la. Não a coloque como a dona de casa perfeita ou a mulher masculinizada pelo trabalho. Mostre como ela pode ganhar tempo e prazer ao se relacionar com sua marca;
- Alívio (de estresse). A mulher é ainda a principal responsável pelo lar e já marca presença significativa nos postos de trabalho. As mulheres estabelecem, com mais rapidez, relações emocionais com as marcas. Por isso, ofereça um sentimento. Ligue sua marca com o coração da mulher. Diga o que sua marca fará pela vida dela, pela sua família, pelo meio ambiente e pela comunidade;
- Relacionamento. Mulheres gostam de discutir a relação. Lembre-se que relacionamento é uma via de mão dupla. Demonstre que sua marca é confiável. Ninguém gosta de construir relações com base em desconfianças.

Um grande abraço e até o próximo artigo!


Caio Santangelo
Vend-s Inteligência de Vendas e Marketing

santangelo@vend-s.com.br
www.vend-s.com.br

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